segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Rastafaris de Dallas - Texas

Um dos lugares mais interessantes que emergiu o sentimento Rastafari foi Dallas – Texas. O Texas é um dos lugares mais religiosos do mundo ocidental. Texas é o lugar onde o Cristianismo domina a vida social de uma grande parte da população. Texas também é um lugar de especial discriminação para com Africanos e esta talvez seja a razão do crescimento do Rastafari naquela área.
Os primeiros Rastas apareceram em Dalas há uns vinte anos atrás. A maioria trazida pelo sucesso que o Reggae fez e continua fazendo naquela área. Não se sabe quantos Rastafaris moram por lá, porém em uma recente celebração do aniversário do Haile Selassie I apareceram mais de 500 Rastas. A maior parte dos Rastas de Dalas é de Afros descendentes que procuram por respostas através de movimentos como os “Panteras Negras” ou o “Nação do Islã” entre outras Igrejas Africanas, e acabam se sentindo tão vazios quanto quando chegaram. Moore gastou a maior parte de sua vida procurando por estas respostas. Ele entrou na “Nação Islã” e se sentiu mais oprimido do que antes. Moore se tornou um Rasta e sua vida tem melhorado. “Tem sido uma vida dura, mas como Rasta, temos que continuar em frente” (Jones pg. 4).
Esta citação de Moore mostra como o Rastafari o ajuda a superar a dureza do dia a dia.
Os Rastas de Dalas enfrentam muitos dos problemas que outros Rastafaris do mundo enfrentam. Como as maiorias dos Rastafaris vivendo ao redor da Terra, eles enfrentam o problema de fumar a erva religiosa, a Ganja. A pesar disso os Rastas de Dalas atendem aos rituais de Niubingui em toda Lua cheia de Dalas. Os Rastas de Dalas tentam lutar pelas suas crenças na Gaja, ajudando a comunidade a cuidar de pessoas que tenham problemas com drogas pesadas através do uso da Maconha. Os Rastas participam dos manifestos antidrogas promovidos pelos Muçulmanos da área e fazendo isso querem mostrar que não são a favor de drogas. Demonstrando este interesse pelo assunto eles querem ajudar na luta antidrogas e esperam que também ajudem eles a legalizar o uso ritual da Ganja.
Os Rastas também enfrentam descriminação religiosa em Dalas. O filho de Moore, Jameel Moore foi suspenso da escola por usar sua coroa na classe de sexta série. O diretor suspendeu Jameel porque ele estava quebrando uma regra que proibia o uso de chapéu na escola. Moore argumentou que aquilo não era um chapéu e sim um adorno cultural, assim como o solidel para os Judeus e o turbante para os Hindus. A conversa acabou quando a escola oprimiu tanto o jovem Jameel que ele foi obrigado a engolir seu orgulho e aceitar não mais mostrar sua fé usando a coroa na escola.
Outro caso de opressão contra Rastafaris é o de Carols e Dana Jackson. Os Jacksons são um casal Rasta que tentou melhorar o relacionamento com a vizinhança da área de West Dalas. Eles encontravam casas abandonadas e as reformavam. No processo de reforma eles pintavam imagens de Marcos Garvey e Haile Selassie nas paredes das casas. Eles faziam jardins e hortas nos locais, colocavam animais que podiam ser cuidados pela população. Quando eles começaram a prestar seções de Niubingui
Denunciados por violação de código e eventualmente presos por possessão de Maconha.
As mulheres da comunidade Rasta de Dalas no Texas parecem ser mais bem tratadas que em outras comunidades Rastafari ao redor do mundo. Também elas são tratadas com igualdade, participam do ritual da Ganja e não são forcadas a ficar em casa como mulheres Rasta de outros lugares. Isto provavelmente é fruto do lugar onde vivem. A cultura Rastafari em Dalas não é tão radical quanto na Jamaica e em outros lugares.
Os Rastas de Dalas parecem não ter aquele espírito rebelioso que os Jamaicanos e Etíopes tem. Muitos Rasta Texanos fazem parte da economia formal, pagam taxa e tem emprego fixo. Isto porque é muito difícil para um Rasta sobreviver na informalidade em Dalas. Os Rastafaris de Dalas parecem ser os mais tranqüilos, menos rebeldes e menos motivados a por Babilônia a baixo. O motivo para isso é que lá eles sofrem menos repressão e opressão que em outros lugares. Outro motivo é por Dalas estar muito mais longe do mundo Africano. O Texas tem uma grande população de Afro-descendentes, porém estas pessoas não sentem tanta opressão quantos outros negros sofrem, como na Jamaica por exemplo. Outro motivo é por que existem poucos Rastas na área, que reflete o nível de baixa intensidade do que pode ser uma comunidade Rasta.
Rastafari em Dalas é um movimento mais religioso que cultural ou social. Tanto na Jamaica como na Etiópia é o inverso.
O fato de o Rasta de Dalas ser menos intenso não quer dizer que eles não sejam Rastafaris. Isto só demostra como o Rastafari pode ser diferente ao redor do mundo. Isto não é diferente de pessoas de outras religiões. Toda religião tem pessoas com fé de diferentes níveis e compreensão.
Um bom exemplo disto é a fé Judia, assim como existe o Judeu ortodoxo que tem um nível extremo de crença, outros Judeus por exemplo seguem a “Judeus Reformistas” que leva a fé em um nível bem mais leve.
Então os Rasta da comunidade “Doze Tribos de Judah” podem ser comparados com os Judeus Ortodoxos e os Rastas de Dalas com os Judeus Reformistas.
Independente das diferenças que existem entres estes grupos de cultura Rastafari eles continuam dividindo o mesmo principio básico Rastafari. E o primeiro e mais importante deles é que amam e são devotos de Haile Selassie I.
Em segundo lugar, eles querem lutar contra a opressão do homem negro. Terceiro, eles odeiam e pregam a queda da Babilônia. Quarto, ritualisticamente todo Rasta usa a Ganja para alcançar a clareza de espirito e para se conectar com nosso Jah. Quinto, a aparência com o estilo de cabelo e a barba. E por ultimo e mais importante, é o amor do Rasta pelo mundo e o desejo de união do homem.
O propósito deste texto na discussão do Rastafai nos mais diferentes ambientes é demonstrar quanto amplo é o espectro da desta fé. Ao mostrar Rastas extremistas como os da “Doze Tribos de Judah” que vivem na Etiópia, mostramos quanto séria esta fé pode ser. Em outra mão, ao mostrar os Rastas de Dalas que são menos ortodoxos, mostramos que esta religião não é sempre tão radical. Nossa intenção foi também demonstrar que o Rastafari existe em todo o mundo. O ponto é que o Rastafari esta em todo lugar, assim como a opressão. Onde houver o peso negativo da opressão você encontrará a força positiva de um Rasta, seja ele negro, branco ou de qualquer outra etnia.

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Rastafaris nos Estados Unidos

Os Rasatafaris têm se aventurado nos Estados Unidos. O centro dos Rastas nos Estados Unidos de longe é Nova Iorque, porém existem comunidades Rasta por todo os EUA Da California até o Metodista domínio do Texas. Parece que onde existir um descendente de Áfricano que sofreu ou sofre algum tipo de opressão do “Homem Branco” emergira um Rastafari.

O Rastafari na Etiópia

Para muitos Rastas, mudar para a Etiópia é um sonho. Felizmente para alguns este sonho se tornou realidade. Em 1963 o Imperador Haile Selasie I doou quinhentos hectares de terra para qualquer Africano que desejasse voltar para a Etiópia. Estas terras estão localizadas no município de Shashemene. A pequena cidade de Shashemene tem 13000 habitantes. 90% da população é Cristã e 10 % Muçulmana. A cidade tem muitos visitantes porque nesta esta o cruzamento para três grandes cidades Etíopes.
Prostituição é muito comum nesta cidade e muitas mulheres fazem bom dinheiro com este negócio. Fora da prostituição existe muito pouco contato entre os sexos. A economia da cidade é baseada no comércio agrícola. As mercadorias comercializadas são milho, feijão, batata, trigo, cevada e injera (um grão tradicional na cozinha Etíope).
Separados desta economia, os Rastas fixaram uma comunidade que fica a cinco quilômetros do mercado central de Shashemene. A vila cresceu dos originais 12 Rastafaris que chegaram a localidade para dez mil famílias. Quase todos os Rastafaris que moram na cidade vieram da Jamaica. Dos que não são, a maior parte são mulheres Etíopes que casaram com Rastas. Os Rastas que vivem la são membros da congregação Doze Tribos de Israel. Doze Tribos de Israel é a congregação mais bem organizada de Rastarais da Etiópia. A origem da igreja é da Jamaica e tem um ramo no Brooklyn, em Nova Iorque. A Doze Tribos de Israel tende a ser mais radical nas crenças que outras comunidades Rastas. Eles acreditam na volta de todos os Rastafaris para a Etiópia (África). As casas dos Rastafaris deste distrito são feitas de Barro, palha, cerâmica ou restos de concreto. As estruturas são bem firmes porém são todas de um só pavimento. Isso porque construir sobre pisos, eles acreditam que é invadir o espaço de Jah.
As paredes são porosas porque os Rastas dizem que assim eles podem respirar de lado de dentro da casa.
Os Rasta que vivem em Shashemene não sofrem nenhum tipo de controle do estado. A economia deles é completamente informal. Isso funciona porque a terra é muito fertíl e eles podem plantar tudo que necessitam para sobreviver. O que eles não conseguem plantar eles trocam pelos seus produtos no mercado central e existe ajuda que vem da Jamaica e outras organizações internacionais. Por isso as pessoas da Vila Rasta conseguem viver sem a interferência externa e sem ninguém para governar suas ações. Não existe diferença de classe dentro da comunidade. Projetos de trabalho são desenvolvidos por aqueles que tem mais conhecimento da área.
A vida das mulheres da comunidade de Shashemene não é muito legal. De fato elas são mais oprimidas que em outras comunidades Rasta. É comum mulheres apanhar por ter demorado demais ao ir para o mercado central. Os homens geralmente marcam o tempo de ir até o mercado e voltar sem perde tempo com conversas ou outros tipos de prazer. Se estas mulheres não voltarem dentro do plano de tempo pré-estabelecido, com certeza apanharam.
“ Ela me mostrou as cicatrizes que carrega por ter apanhado como punição por ter se atrasado das compras diárias. Seu marido marcava cuidadosamente o tempo de viagem ate o mercado e o atraso levantou suspeitas de infidelidade” (Lewi pg 112).
Isso é muito injusto, pois os homens vão para o mercado e perdem o tempo que quiserem, fumando maconha, escutando a BBC, vendo o que acontece no mundo e discutindo tudo isso com outros Rastas.
A vida dos homens da comunidade é muito diferente das mulheres. Os homens perdem a maior parte do tempo com atividades que não tem relação com trabalho. Eles passam a maior parte do tempo discutindo o mundo na visão Rastafari ou pintando retratos de Haile Selasie I. A maior parte dos Rastas que vive na comunidade não trabalham muito no campo. Os recém chegados fazem os serviços que normalmente são feitos na lavoura. Normalmente eles não ficam muito tempo porque eles são explorados pelos membros mais velhos.
Outras pessoas que vivem na cidade de Shashemene vêem os Rastas de diferentes maneiras. Alguns os rejeitam porque o estilo de vida deles é um conflito com o resto da comunidade, enquanto outros acham os Rastafaris é um grupo inofensivo que não prejudicam a comunidade.
Porém são poucos que acham que os Rastas fazem algo pra ajudar a cidade.
Existe algumas razões para algumas pessoas da cidade não gostar dos Rastafaris. Uma delas tem a ver com a pregação anti-violência dos Rastas, elas acham que eles são muito rápidos em puxar uma faca quando se desentendem uns com os outros. A segunda é que eles são preguiçosos e vendem as roupas no mercado que lhes são doadas por caridade. A terceira reclamação que a comunidade tem sobre eles é a mesma que em outros lugares que os Rastas vivem, é a reclamação sobre a Maconha.
“Tudo o que eles fazem é fumar Maconha, que os agricultores locais plantão pra eles. Algumas pessoas da cidade não gostam disso, assim como nossas crianças começarem a usar a Maconha também”. Disse Adbul Onduka, um mecânico de 27 anos.(Bhalla)
A quarta reclamação sobre os Rastas é que simplesmente a crença religiosa deles entra em conflito com as crenças Muçulmanas ou Cristãs.
Os Rastas de Shashemene dão boas vindas para qualquer Africano que queira viver na comunidade Rasta . Eles dizem que na comunidade deles cabe o numero de pessoas que quiser viver ali e que queiram voltar para a África. Os Rasta acreditam que vão transformar Shashemene na cidade mais importante da África. Eles proclamam que um dia ela será uma próspera cidade que derrotara a opressão do “Homem Branco”. Só que até agora os Rastas fizeram muito pouco ou nada para promover Shashemene.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

Sentimentos Sociais do Rastafari

O Rastafari acredita exclusivamente na Paz e constantemente prega contra a violência. É muito difícil para o Rasta pregar a não violência porque na maioria das vezes ele mora nas favelas, onde a paz é praticamente inatingível. O Rasta teme a Guerra Mundial, especificamente a Guerra Nuclear. Por isso é que se ouve muito a palavra “Paz” nas letras de Raggae.
Um dos mais importantes aspectos da cultura Rastafari é o permanente protesto contra o sistema institucional. O Rasta se refere as autoridades que governam o mundo como “Babilônia”.
Babilônia é ligada ao Demônio e dirigida pelo “homem branco opressor”. Esta rejeição pelas autoridades constituídas pode ser observada na ordem litúrgica Rastafari que não tem regras como de outras ordens. Não existe nada que precise ser feito para ser um Rastafari, pois o verbo explica todo o propósito de ser Rastafari. O Rastafari rejeita muitíssimo o Papa: “Queime o Papa. Queime o Papa homem...O Papa é o vampiro que quer nosso sangue. Selasie I é a única cabeça. O Papa é o Demônio”(Lewis pg 45). A frase deste Rastafari Jamaicano demonstra perfeitamente o sentimento que Os Rastas tem sobre as religiões organizadas e o Papa.
A crença econômica do Rastafari é contra o capitalismo. O Rasta acredita que o capitalismo é parte do organismo da Babilônia. O Rasta acredita que o que é dele também é do vizinho. Isso não quer dizer que o Rasta aprova o comunismo. Para o Rasta comunismo seria uma coisa muito organizada. O Rasta também rejeita a ideia de um líder para dizer a ele o que fazer. Muitos Rasta também não aceitam a ideia de se pagar impostos. Por este motivo a maioria dos Rastas não fazem parte da economia formal. Eles prefere viver em lugares que possam plantar suas próprias coisas, ou vivem da economia informal, vendendo coisas pelas ruas. Outros sobrevivem da venda da Maconha.
Uma triste parte desta cultura é em relação a atitude negativa com as mulheres. Alguns Rastafaris acreditam que as mulheres não são iguais aos homens. Novamente a interpretação literal da Bíblia se manifesta. O Rasta acredita que uma boa mulher tem que sempre respeitar o marido e fazer tudo o que ele pedir. Isso contradiz a ideia de igualdade das pessoas. Não existe a instituição do casamento entre os Rastas. Não faz parte da liturgia Rastafari a serimônia de casamento. O Rasta acredita que quando o homem deita com uma mulher ele se torna responsável pelo seu bem estar, dispensando qualquer manifestação externa deste ato.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Dialeto Rastafari

O dialeto Rasta reflete diretamente ente a sua crença de muitas maneiras. “Se você realmente quiser conhecer um Rastafari, ouça o que ele diz”(Hicholas pg.37). O Rasta leva muito a sério o que fala. O Rasta sempre esta tentando fazer sua conversa parecer poderosa e grandiosa.
O que o Rasta fala reflete literalmente o que ele pensa. Sua colocação usa sempre a tradução literal da palavra, da mesma forma que acreditam na tradução literal das escrituras bíblicas. A conversa do Rastafari reflete seu protesto contra a opressão, assim como protesto contra a instituição. Quando a palavra do Rastafari é analizada, mostra quanto o Rasta pensa positivamente.
A retórica do Rastafari muda a língua Inglesa de maneira que ajude a se fazer um senso literal da palavra, assim como para protestar contra o que o Rasta acredita ser injusto. O Rasta as vezes troca os sentidos das palavras negativas para um significado positivo.
A troca da palavra “understand”(entender) para “overstand” é um bom exemplo. O prefixo “under” (inferior, sob, etc..) é negativo, enquanto “over” (sobre, demais, superior, etc...) é de sentido positivo. Um Rasta poderia dizer: “Eu e eu, não preciso só entender (understand), mais que tudo preciso compreender (overstand). Observe que o termo “overstand” não existe na língua inglesa. Um Rasta jamais usaria termos negativos. Ele vai sempre trocar por um termo positivo. Isso é de grande reflexão sobre como o Rasta vê e pensa sobre as coisas de maneira positiva.Outro interessante aspecto da linguagem Rastafari é o conceito de Eu e Eu. A palavra “Eu” esta em toda parte do vocabulário Rasta. Isto é um nome da religião Rastafari. Isto é uma reverência a Jah (contração fonética da palavra Jeová), pois o Rastafari acredita em um Deus uno, onde Deus e o homem são a mesma coisa, um Deus interno, que existe dentro de cada um de nós. O Rasta diz “I and I” (eu e eu), evidentemente que o primeiro eu é o próprio Jah. O Rasta não aceita a ideia de um Deus externo, que esteja nas alturas, no céu ou seja lá o que. O “I” (eu) é usada também para substituir palavras fortes. Ela é substituta da palavra “you” (você), porque o “you” não faz parte do vocabulário Rasta.
O Rastafai acredita que no princípio só existia a palavra “eu” então veio o Demônio e criou a palavra “você”.

A Dieta Rastafari

A dieta Rastafari é outra parte super explorada por aqueles que não conhecem verdadeiramente a Cultura Rasta. O Rasta tem uma crença muito interessante sobre seres mortos. Os Rastas não gostam de estar na presença de animais mortos. Este sentimento é transferido para a dieta Rasta.
O Rasta acredita que é errado comer animais que morreram porque você estaria transformando seu corpo em um cemitério.
Isso não significa que ele não vá comer laticínios. A maioria dos Rastafari não tem problema em consumir leite e derivados porque isso não vem de animais mortos. Mesmo não comendo carne de animais, muitos Rastas comem peixe. Porém nunca comem ostras e outros animais de concha. Isto também vem da leitura da Bíblia. Alguns Rastas poderão ser tão radicais ao ponto de não comer frutas que tenham sido alteradas de sua forma original. Isso significa que eles não comerão frutas que tenham sido descascadas, cortadas amassadas ou espremidas. Um grande numero de Rastafaris não ingerem comida processada.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Dreadlocks

Dreadlock é outra parte bem conhecida da cultura Rastafari. A origem do Dreadlock vem da África ancestral, originário da África Oriental.
“O estilo de cabelo chamado de Dreadlock foi criado por guerreiros do Kenia, um estilo ancião de Kemet e Nubia. Na Jamaica no pós-escravidão, este estilo era chamado de “Dreadful” que significa “Temido, Terrível” (Dubb pg.3).
Os Rastas acreditam que não se pode por lamina afiada em seus cabelos. Isto vem também da interpretação literal da “Bíblia”. Devido a esta crença, eles não penteiam nem cortam os cabelos. Existe também alguns grupos de Rastafaris, como os da Niubingui Etíope Coptic de Sião que ousam pentear seus cabelos, mas nunca corta-los.
Outra crença sobre este estilo de cabelo entre os Rastas é que os Dreadlocks lembram a Juba do Leão. O Leão é muito significativo pra a cultura Africana porque ele é o Rei dos animais. Estas características para os Rastas são divinas e por isso importante para o Homem Negro. Haile Selasie I é também chamado de “Leão Conquistador da Tribo de Judah” e para os Rastas o uso de Dreadlock os deixa conectados com Jah.
O Uso do dreadlock apareceu pela primeira vez, na comunidade original de Pinnale.
Como em Pinnacle Howell plantava Maconha, a polícia dava batidas frequentes na região. Por este motivo e outros problemas de demarcação territorial da comunidade Rasta, Howell foi forçado a criar uma milícia com grupo de guardas para proteger a área. Estes guardas deixaram crescer os cabelos no estilo dos guerreiros Africanos ancestrais e começaram a ser reconhecidos como “Locksmen”. Por estes motivos os dreadlocks se tornaram um uma marca registrada dos Rastafaris.
Da mesma forma que a Maconha, os Dreadlocks também trazem muitos problemas para os Rastafaris. No início do Movimento Rastafari, os Rastas que usavam Dreadlocks eram brutalizados pela polícia. Isto fez com que muitos Rasta se embrenhassem nas Florestas Jamaicanas para que assim pudessem viver em paz. As coisas não tem sido muito diferentes nos dias de hoje para aqueles que usam Dreadlocks. Tanto na Jamaica como em outros países, crianças que usam Dreadlocks não podem frequentar certas escolas. Assim como a no caso da Maconha, o assunto dos Dreadlocks nas escolas tem sido motivo para muitas batalhas judiciais para a defesa de direito fundamental do ser humano, o livre arbítrio sobre o próprio corpo.

O Uso da Maconha.

Um dos primeiros aspectos que vem à mente quando as pessoas falam sobre Rastafari é o uso da maconha feito por eles. Fumar Maconha para um Rasta é uma experiência especial. Eles usam a Maconha para a iluminação da mente para que eles possam corretamente argumentar sobre as coisas do mundo. A Maconha é sempre usada de maneira cerimonial. Antes de fumar a Erva Sagrada o Rasta fara uma prece para Jah ou para Haile Selassie I.
O Rasta chama este ritual de secção de arrazoamento onde eles fumam Maconha para Niubingui. Uma secção de Niubingui é muito diferente do jeito casual que o ocidental fuma Maconha. O ocidental fuma para entretenimento. O Ocidental fuma maconha de manera profana, simplesmente para rir relaxar e bancar o bobo. Isso tem uma enorme diferença do que acontece na Niubingui. Na Niubingui a Erva é coisa séria, sagrada, usada para a iluminação.
Agir como bobo seria desrespeitoso para com Ras Tafari. Sempre um Rasta rezará para Jah antes de fumar a Planta Ritual.
Desafortunadamente para o Rasta, fumar Maconha se tornou um de seus piores problemas.
Isto é pelo fato de que fumar Maconha é proibido em praticamente o mundo todo, com exceção de dois países. Por toda a Terra existe Rastafaris constantemente nos tribunais lutando pela descriminalização da Planta Sagrada para uso Religioso.
Em todos os casos em que um Rasta foi aos tribunais para lutar pelo uso religioso eles perderam. Os países que os Rasta já tentaram lutar pelo uso religioso da Maconha são: Inglaterra, Estados Unidos, África do Sul, Jamaica, entre muitos. Muitos Rastas ao redor do mundo acabaram na cadeia por fumar a Planta Sagrada.
O uso Rasta da Maconha vem do início do Rastararismo ou Garveysmo na Jamaica. Em 1941 um dos primeiros pregadores do Rastafari, Leonard P. Howell, acentou uma comunidade de 1600 Rastas. Esta Comunidade foi chamada Pinnacle. Em Pinnacle, Howell plantou Maconha como agricultura sustentável. Foi neste momento que os Rastas descobriram as propriedades da Ganja, como os Jamaicanos chamam a Maconha. Usaram-na como alimento, remédio, vestimenta e que era um canalizador no processo de “Arrazoamento”. Os Rastas, que sempre foram tenazes leitores das “Escrituras Sagradas” foram fundo na “Bíblia” e encontraram muitas referências de uso da “Planta Sagrada”. Desta maneira a “Ganja” foi incorporada na Cultura Rastafari.

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O Desenvolvimento do Rastafari

O movimento Rastafari surgiu dos ensinamentos do grande líder e ativista Jamaicano, Marcos Garvey. Garvey disse que o Povo Africano espalhado pelo mundo deveria se unir e voltar para a Mãe África, a terra natal. A visão de Garvey era de que:
“Os negros deveriam superar os sentimentos de inferioridade e construísse no lugar a sua própria e envolvente cultura e finalmente retornassem à África para a redenção da sua terra natal e construção de um novo futuro."
A visão de Garvey e sua habilidade de unir o povo e fez com que os Jamaicanos se iluminassem para ocanna que estava acontecendo no mundo. Garvey criou a U.N.I.A e o jornal Mundo Negro, que ajudou a informar os Jamaicanos sobre o que estava acontecendo no cenário internacional Africano. Garvey profetizou para seus seguidores:
“Olhem em direção à África para a chegada de um Imperador Negro. Ele deverá ser nosso redentor”.
Garvey sempre usava muitos termos bíblicos em seus discursos, para se ver livre da opressão do “Homem Branco”, que ele chamava de ímpio (impuro), mas a pura verdade é que muitos Jamaicanos compreenderam isso literalmente. Um evento que ocorreu em 1930 e tem para o Rastafari a mesma importância que o nascimento de Cristo têm para os Cristãos.
Em 1930 um homem chamado Tafari Mokonne ou Ras (Rei) Tafari se declarou Imperador da Etiópia Haile Selassie I, um título tradicional que significa “Rei dos Reis ou Senhor dos Senhores” e “Leão Conquistador da Tribo de Judah (Judeu).
Para parte do povo Jamaicanos isso significava que a profecia tinha se realizado.
Esta pessoas se focaram na Bíblia e trouxeram traduções literais que tenha correlação com o fato o ocorria naquele momento.
Um dos importantes fatos correlacionados com a Bíblia é o fato de Selassie declarar que é descendente direto com o Rei David. Por Salassie declarar sua relação com David, ele apresentou a Passagem de Revelações 5:2-5. Para alguns Jamaicanos significava que o Messiah tinha chegado.
Na Jamaica pessoas como Leonard P. Howell, J.N. Hibert, and Archibald Dunkle, começaram a espalhar o fato de que o Messiah tinha vindo para salvar o povo Africano. Para Dunkle Howell e Hibert Haile, Selassie era o próprio Deus vivo.
As pessoas que ouviam aquilo começaram a se denominar Rastafaris. Para estes novos Rastas a Etiópia se transformou no Sião (Paraíso).
A religião Rastafari continuou a tradição de interpretar literalmente a Bíblia, o que a tornou única neste procedimento.

Quem é Rastafari ?

Muitas pessoas através do mundo tem dificuldade de entender o significado da palavra Rastafari “. Fica difícil entender o espírito Rasta, porque eles vêem Rastafari como uma religião somente.
Quando raciocinam assim ocorre um grande erro. Isso porque Rastafari é muito mais que uma religião. Rastafari é um jeito de vida, um movimento social, assim como um estado de espírito. Outra coisa que o que a ótica Ocidental não consegue entender é porque o movimento não tem as estruturas que o Mundo Ocidental esta acostumado.
Muita gente só consegue enxergar o Rasta como um povo Jamaicano, que fuma Maconha, e usa Dreadlocks. Estas pessoas não conseguem ver o que esta por trás do movimento. A ideia de que Rastafari é estritamente Jamaicana também é um erro.
Desde o início do Rastafari, o movimento Rasta tem se expandido muito além da Ilha da Jamaica. Existem Rastas por todo o Mundo. Hoje a Cultura Rastafari esta na Europa, Ásia, Nova Zelândia, Estados Unidos, Brasil e especialmente na África. Este texto procura explicar o Rastafari e mostrar a Cultura Rasta desde a mais sagrada forma na Etiópia e a menos formal de Dalas no Texas

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Meu seguimento de pesquisa é através da história e costumes baseado no tema . A cada nova descoberta tento aplica-la á coleção que ainda vai ser composta, cada ideia que eu tenho coloco em um Pettit Carrier pra não esquecer nada. A Historia e os Costumes Rastafari são muito longas e bastante confusas. Rastafarianismo tbm é uma religião então a historia dessa religião é pequena como uma bíblia :). Mais estou gostando de aprender essa nova cultura que é bastante perceptiva, a maioria do que eles acreditam faz bastante sentido ao contrario do que muitos pensam.

Então como essa pesquisa longa faz parte da minha inspiração para a coleção, a partir de hoje resolvi fazer um resumo do que eu já li e do estou lendo porque é muito grande e postar aqui no blog tbm. Espero que todos leiam e se encante como eu me encantei.


* Toda a pesquisa da História é tirada de textos e Blogs da Internet :)

sábado, 23 de janeiro de 2010

Estou fazendo uma pesquisa, perguntando as pessoas o que é um Rasta e se elas sabem o que é o Rastafarianismo .

As Respostas mais comuns são :

" Os Rastafaris são pessoas que usam aqueles dreads fedidos e cheios de piolho e são isolados fuma maconha e são meio pirados! "

E sobre o Rastafarianismo as respostas comuns são :

" Não Sei !"
" As pessoas que vivem assim sujas e isoladas "
" A Arte de ser Esquisito "

E SABE QUE NENHUMA DELAS NEM SE INTERESSARAM EM SABER O QUE ERA REALMENTE ...
POBRES CRIATURINHAS JULGADORAS SEM CULTURA E IGNORANTES.
É, TA BOM ! EU VOU CHEGAR LÁ .

quinta-feira, 14 de janeiro de 2010

Nos dias anteriores procurei filmes e documentarios que explicassem e mostrassem realmente, não só na teoria, a realidade da cultura. Dos diversos vídeos que eu assisti no You Tube esse foi o que mostrou melhor a realidade Rasta.

http://www.youtube.com/watch?v=bPCW0jF52r0 . Assistam !!!

Acabei de Assistir o filme " Conexão Jamaica ", nele pude ver as roupas que mais são usadas e o comportamento. O filme é mais rico em roupas masculinas, sendo que, as roupas femininas, no filme, não fazem o estilo que pretendo usar na minha coleção. Enfim os documentarios e os filmes, foram inspiradores para um melhor desenvolvimento de coleção e compreensão da historia.

sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Os Rastafaris acreditam e seguem algumas pessoas que foram ícones importantes, grandes exemplos que significaram bastante e fizeram a diferença perante a cultura.

Estou me referindo então a 3 personalidades diferentes que infelizmente não estão mais vivos, mas mesmo assim são lembrados com respeito até os dias atuais.


O 1º e Mais importante HAILE SELASSIE : os Rastafaris proclama Hailê Selassiê I, imperador da Etiópia, como a representação terrena de Jah (Deus).

O 2º MARCUS GARVEY : Afrocentrista, também frequentemente considerado um profeta, o qual ajudou a inspirar a imagem de um novo mundo com sua visão política e cultural.

E 3º BOB MARLEY : Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade
Bob Marley foi um cantor, guitarrista e compositor jamaicano, o mais conhecido músico de reggae de todos os tempos, famoso por popularizar o gênero. Grande parte do seu trabalho lidava com os problemas dos pobres e oprimidos. Ele foi chamado de "Charles Wesley dos rastafáris" pela maneira com que divulgava a religião através de suas músicas.
Bob foi casado com Rita Marley, uma das I Threes, que passaram a cantar com os Wailers depois que eles alcançaram sucesso internacional. Ela foi mãe de quatro de seus doze filhos (dois deles adotados), os renomados Ziggy e Stephen Marley, que continuam o legado musical de seu pai na banda Melody Makers. Outro de seus filhos, Damian Marley (vulgo Jr. Gong) também seguiu carreira musical.
Bob Marley era adepto da religião rastafári. Ele foi influenciado por sua esposa Rita, e passou a receber os ensinamentos de Mortimer Planno. Ele servia de fato como um missionário rasta (suas ações e músicas demonstram que isso talvez fosse intencional), fazendo com que a religião fosse conhecida internacionalmente. Em suas canções Marley pregava irmandade e paz para toda a humanidade. Antes de morrer ele foi inclusive batizado na Igreja Ortodoxa da Etiópia com o nome Berhane Selassie.

Não viva para que a sua presença seja notada, mas para que a sua falta seja sentida.

— Bob Marley

Marley era um grande defensor da maconha, usada por ele no sentido da comunhão, apesar de que seu uso não é consenso entre os rastafáris. Na capa de Catch a Fire inclusive ele é visto fumando um cigarro de maconha, e o uso espiritual da cannabis é mencionado em muitas de suas músicas.




Marcus Garvey É considerado um dos maiores ativistas da história do movimento nacionalista negro. Garvey liderou o movimento mais amplo de descendentes africanos até então; é lembrado por alguns como o principal idealista do movimento de "volta para a África". Na realidade ele criou um movimento de profunda inspiração para que os negros tivessem a "redenção" da África, e para que as potências coloniais européias desocupassem a África. Em suas próprias palavras, "Eu não tenho nenhum desejo de levar todas as pessoas negras de volta para a África, há negros que não são bons elementos aqui e provavelmente não o serão lá." Apesar de ter sido criado como metodista, Marcus Garvey se declarava católico.



Haile Selassie (Significa O Poder da Divina Trinidade) ou, na forma completa, Sua Majestade Imperial, Imperador Haile Selassie, Eleito de Deus, Rei dos Reis, Senhor dos Senhores, Leão Conquistador da Tribo de Judá

nascido Tafari Makonnen e posteriormente conhecido como Ras Tafari, foi regente da Etiópia de 1916 a 1930 e imperador daquele país de 1930 e 1974. Herdeiro duma dinastia cujas origens remontam historicamente ao século XIII e, tradicionalmente, até o Rei Salomão e a Rainha de Sabá, Haile Selassie é uma figura crucial na história da Etiópia e da África.

É considerado o símbolo religioso do Deus encarnado, entre os adeptos do movimento rastafári, que conta com aproximadamente 600.000 seguidores atualmente. Os rastafáris também o chamam de H.I.M., sigla em inglês para "Sua Majestade Imperial" (His Imperial Majesty), Jah, Ras Tafari and Jah Rastafari

Selassie era um orador talentoso, e alguns de seus discursos foram considerados entre os mais memoráveis do século XX. Suas visões internacionalistas levaram a Etiópia a se tornar membro oficial das Nações Unidas, e sua experiência e pensamento político ao promover o multilateralismo e a segurança coletiva provaram-se relevantes até os dias de hoje.

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Hoje procurei sobre as roupas que são usadas pelos Rastafaris. Então descobri que eles na verdade não são muito adeptos da moda. Enquanto procurava encontrei um comentário Muuuuitoo mais Muuuuuito ignorante mesmo, que dizia assim :

" São pessoas que tem cabelo grosso comprido, com vestimentas sujas, calças largas…etc. Mas porquê esse estilo " ( Joana )

Este ser inteligentissimo ao fazer esse comentário foi esculaxado por varias pessoas que defendem a cultura. Assim ela mostrou mais uma forma muito clara de preconceito contra a Cultura Rastafari, que não é diferente das demais pessoas ignorantes como ela que acham a mesma coisa.

Mas vamos ao que realmente interessa ! como a cultura não faz parte de um estilo especifico, procurei peças de roupas e acessórios que tiveram inspirações e referencias Rastafari.E uma das coisas que mais se revelaram na minha pesquisa foi a Adidas Jamaica, que faz roupas e tenis usando as cores da bandeira. Camisetas com estampas do Bob Marley, E Achei também Rodinhas de Skate que é um esporte muito praticado por eles com as cores tbm mostrando referência .























terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Minha pesquisa sobre meu tema, já começou a algum tempo baseada em textos da Internet e imagens, comecei então a procurar o significado das coisa que eu não sabia. Em uma das minhas pesquisas encontrei a expressão JAH BLESS muito usada pelos rastafaris. Jah Bless significa ; Jah = Deus, Bless = Abençoe. Por isso a imagem do meu Gadget é o leão de Judah segurando uma bandeira com as cores da unificação, com a seguinte saudação JAH BLESS. Para que traga boas energias !!!! Letícia

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010